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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

SISIPSEMG em busca de resposta para os associados

O SISIPSEMG vem acompanhando com muita preocupação este período de ausência de votações e cancelamentos de reuniões das Comissões responsáveis por conduzir pautas importantes para os servidores públicos mineiros, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O Projeto de Lei (PL) 5592/2014, que determina a revisão geral de 4,62% na remuneração dos servidores ativos e inativos do Executivo, é certamente um dos Projetos que mais tem enfrentado dificuldades para ser aprovado na ALMG. E para esclarecer esse impasse aos nossos associados o SISIPSEMG entrevistou o Deputado Estadual Rogério Correia.

Para começar o deputado explica que todos os projetos em tramitação devem ser tratados com atenção especial, com a finalidade de garantir que realmente que se tenham recursos financeiros para atender as demandas do Estado nos próximos anos: “O problema é que com a derrota do Governo atual, foi enviada para a ALMG a chamada pauta bomba, que consiste em uma série de PL’s que trarão prejuízo futuro, como por exemplo, a temida terceirização, nos serviços de educação e da PM, a diminuição de ICMS e perdão desse imposto para grandes empresas além da retirada de recursos de aposentadorias de ex-funcionários do Minas Caixa, deixando mais um rombo previdenciário no Estado, a exemplo do que já tinha sido feito no Funpemg e no próprio IPSEMG, com a retirada dos fundos de saúde”.

Em relação ao Projeto de recomposição salarial inflacionária retroativo a outubro (PL) 5592/2014, o parlamentar explica que mesmo que ele fosse votado em dezembro, o mesmo só seria pago no início do próximo ano. Por este motivo a Comissão de transição de Governo está conversando diretamente com os sindicatos e em janeiro será iniciado o processo de debate diretamente com o novo Governo. A intenção é que a situação seja estudada junto com os Sindicatos, inclusive a forma como será feito o pagamento. Essa negociação será feita visando melhorias para os servidores. “Esperamos que já no primeiro mês de 2015 seja retomada a discussão sobre essas demandas com o Sindicalismo. Até o momento já ocorreram duas reuniões com a Comissão de Transição, que está aberta a entender a necessidade dos servidores, inclusive, existe a ideia da criação de uma Secretaria de Recursos Humanos, para cuidar do servidor público, analisando as carreiras defasadas, vida funcional, aposentadorias que não saem, valorizando o servidor e desvinculando planejamento de recursos humanos. O papel dessa Secretaria será de permanente de diálogo com o servidor público, fazendo uma gestão democrática.”

Rogério avalia ainda que apesar da votação ficar para o início do próximo ano, não haverá prejuízo para os servidores. O que acontecerá na verdade é que com isso deixarão de ser aprovados, às pressas, vários outros projetos que prejudicam tanto os servidores, quanto o Estado de Minas Gerais. “Sabemos que esse período de fim de ano é complicado, mas o servidor não sairá prejudicado. Quando pedi vista no Projeto 5592/2014, o intuito foi dar tempo aos Sindicatos, para conversarem com o novo Governo e a partir de janeiro continuar o debate para a efetivação do reajuste.” Vale ressaltar, que o índice a ser negociado, será, pelo menos, o que já está previsto neste momento.

E para finalizar, o Deputado fez questão de ressaltar que a intenção é exatamente avaliar a situação com calma e sensatez para priorizar o que for realmente melhor para os servidores, não somente no momento, mas a longo prazo. “Não adianta querer acelerar a votação de Projetos de um Governo que maltratou tanto os servidores. A questão é tratar esses servidores com respeito, com diálogo, atendendo reivindicações e consequentemente virão as conquistas que eles tanto desejam. Há um reconhecimento de que o servidor público ganha mal, e a ideia é a valorização desses servidores. Tem que haver um planejamento para recuperar tudo que é preciso.”


O SISIPSEMG vai continuar acompanhando de perto o andamento da votação do reajuste, e seguirá lutando e negociando junto ao próximo Governo, para garantir conquistas cada vez mais expressivas para nossos associados. Entendemos que apesar, de não haver a votação do PL 5592/2014 ainda em dezembro, o diálogo com o Governo e outras entidades sindicais sinaliza uma abertura para que possam ser discutidas melhorias para os nossos trabalhadores.

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